GABRIEL TWARDOWSKI

O curitibano de apenas 26 anos faz parte do portfólio de uma das maiores produtoras do país e é responsável pelo único material brasileiro indicado na categoria filme-montagem em Cannes, na França

Com certeza você já se perguntou quem são as pessoas que atuam por trás dos grandes nomes brasileiros que ganharam o país e o mundo. Sem dúvidas, para que o trabalho de excelência seja entregue aos fãs e a indústria, nos bastidores, profissionais de diversas regiões do território nacional e diferentes idades, colocam em prática o resultado de muito, estudo, sagacidade e sobretudo, talento . E no quesito capacidade e vontade de fazer acontecer, os brasileiros  possuem motivos para comemorar, afinal, profissionais altamente qualificados estão aqui. Um deles é  Gabriel Twardowski, curitibano de apenas 26 anos, que já assinou projetos com alguns dos maiores artistas da atualidade. 

O jovem e consagrado diretor de cinema apesar da pouca idade coleciona inúmeros motivos para celebrar, pois além da chegada a uma das mais importantes produtoras da indústria cinematográfica, a Boiler Filmes, ele e seu irmão Sérgio Twardowski, são escolhidos com frequência para conduzir materiais para diversos grandes artistas, como Luan Santana, Vitão, Matuê, Pabllo Vittar, Alok e Fresno. Convivendo dentro deste universo desde os 14 anos, graças a sua maior inspiração: seu irmão mais velho, ilustre diretor de cinema reconhecido em todo o mundo, Gabriel afirma que com certeza, os ensinamentos do primogênito o levaram ao atual estágio de sua carreira. “Na convivência diária com o meu irmão eu desenvolvi amor pelo segmento do audiovisual. Afinal, desde muito pequeno o ajudo nos projetos, sem dúvidas, hoje é um prazer ser sócio do Sérgio e juntos, realizarmos grandes projetos. Temos muita conexão”. 

Graduado em publicidade pela PUC, Pontifícia Universidade Católica, em 2018, no auge dos seus 22 anos e com o “know-how” necessário, Gabriel Twardowski finalmente assumiu-se como diretor no mercado. Aos 24, já foi destaque no setor, recebendo diversos sinais de que estava no caminho certo. Um deles foi a indicação ao Festival de Cannes, com o projeto “Memories”, o único Filme-Metragem brasileiro a ser finalista na França. 

O projeto, que foi dirigido por ele e pelo irmão, se baseou em uma pesquisa extensa das quase 900 horas gravadas em turnês com o DJ Alok e diferente do que muitos pensam, a ideia surgiu dos irmãos, durante a pandemia da Covid-19. “As pessoas acreditam que ‘Memories’ foi um convite de Alok, mas não, eu que convidei ele (risos). Viajamos pelo mundo e quando nos vimos trancados, analisando o acervo e tudo que tínhamos em mãos percebemos que havia algo muito rico nas imagens. Então, pedimos a aprovação de Alok e com seu aval, seguimos”, conta Gabriel. 

A jogada foi de mestre e o diretor relembra o sentimento de descobrir sobre a indicação ao Festival de Cannes, no qual foram finalista: “Ver um projeto que desenvolvemos com uma estrutura mínima concorrendo com grandes nomes como Apple e New York Times, no maior festival de publicidade do mundo, é sem dúvidas gratificante. E claro, foi ainda mais especial por ser um trabalho que realizei com o meu irmão, com certeza a emoção se multiplicou”, complementa Twardowski. 

Dentre os projetos que os irmãos Twardowski tocaram em conjunto, para Gabriel os conteúdos audiovisuais desenvolvidos para Alok são os mais simbólicos. Em suma, são mais de 5 anos acompanhando o DJ, neste período, clipes, campanhas, séries e vídeos de shows, já foram entregues. Contudo, um trabalho desenvolvido para a marca Asus que continha imagens de oito países diferentes marcou o diretor: “Dirigir uma série em oito países da Ásia para a Asus, uma das maiores marcas de eletrônicos do mundo, foi muito excepcional. Mostramos a história de cada região e sua relação com a tecnologia e com certeza, esse projeto ocupa um espaço especial no meu coração”, revela.