- Categoria: Dicas de Beleza e Saúde
- Escrito por: Erick Wolff∞
CUIDADOS SIMPLES AJUDAM A ALIVIAR OS INCÔMODOS PROVOCADOS PELA SÍNDROME DO OLHO SECO
O olho seco interfere na produção e na qualidade das lágrimas afetando a maioria dos pacientes submetidos à cirurgia de catarata. Especialista lista cuidados simples que melhoram o cotidiano de quem convive com esta condição
Após uma jornada de idas e vindas às clínicas e consultórios médicos, a esteticista conseguiu agendar as cirurgias de catarata e desde abril de 2020, Norma convive com lentes intraoculares que substituíram os cristalinos opacificados nos dois olhos. “Foram dias difíceis. Conviver com a catarata nos traz momentos de angústia, porque eu quase perdi totalmente a minha visão, mas aprendi que é fundamental ter atenção redobrada com a saúde dos meus olhos. Hoje não saio de casa sem o colírio que levo na bolsa e que eu uso para lubrificar os olhos na correria do dia a dia”, explicou.
A história de Norma se confunde com as dos mais de 600 mil brasileiros que são anualmente submetidos à cirurgia de catarata, segundo dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia, referentes ao ano de 2019. O sucesso da reabilitação visual do olho afetado depende de diversos fatores, incluindo de doenças sistêmicas à doenças oculares associadas à catarata, e, embora cada caso tenha suas particularidades, uma condição em comum afeta todos os pacientes: a síndrome do olho seco pós-cirúrgica, observa o médico oftalmologista e professor Dr. Milton Ruiz Alves.
O especialista destaca ainda que a síndrome do olho seco, causada por redução na produção ou por alteração na qualidade das lágrimas, provoca o ressecamento da superfície ocular e desencadeia sintomas que interferem diretamente na qualidade de vida dos pacientes, causando ardor, coceira, secura, sensação de “areia” nos olhos e fotofobia. “Em casos mais graves, quando não tratada adequadamente, essa condição compromete, inclusive, as atividades diárias, impactando negativamente a qualidade de vida”, destaca.
Ainda de acordo com o médico, o tratamento é viável e passa pela lubrificação dos olhos, que pode ser individualizada de acordo com as necessidades de cada paciente. Além disso, o médico destaca, também, que pacientes com doenças da superfície ocular, como blefarite, disfunção de glândulas meibomianas e olho vermelho pelo uso crônico de colírios hipotensores para o tratamento do glaucoma, já sofrem e tratam a síndrome do olho seco com a instilação de gotas de colírio lubrificante livre de conservantes, cujos frascos previnem a contaminação bacteriana durante o tratamento.
Segundo o especialista, essa condição não é particular da cirurgia de catarata. Ocorre, também, em procedimentos antiglaucomatosos, cirurgias refrativas, cirurgias para a correção de blefaroptose, cirurgias para correção do estrabismo e em resseção do pterígio ou de tumores da superfície ocular, entre outras. Para a maioria desses pacientes a indicação médica para a utilização de lubrificante artificial de forma rotineira contribui significativamente para o sucesso dos procedimentos.