- Categoria: Cinema
- Escrito por: Erick Wolff∞
A MULHER REI (THE WOMAN KING)
Kpojito
A mulher rei (Kpojito). O Daomé desfrutava de uma estrutura social única e incrivelmente moderna para a época, com todos os cargos oficiais (políticos e religiosos) ocupados por um homem e uma mulher, equilibrados em paridade de gênero. Essa dualidade atingia os escalões mais altos, onde até o rei nomeava uma companheira de reinado – a Kpojito.
Possivelmente esta seja a melhor produção da TriStar Pictures, dos últimos anos, com o tema África. A trama foi inspirada na história de ferozes mulheres guerreiras que formam o exército do Reino Africanos do Daomé no século 19.
As Agojie
As guerreiras Agojie eram as mais temidas da África Ocidental, no território que hoje conhecemos como o Benin, protegeram o Reino do Daomé do final de 1600 até o final dos anos 1800.
O filme aborda a rivalidade e os problemas políticos entre o Império de Oyó e o império do Daomé. A política interna entre as disputas pelo poder e benefícios do Rei e os conselheiros, incluindo o assunto do tráfico de escravos, que muitas vezes guerreiros ou aldeões dos povos que perdiam as batalhas.
Sem dúvidas que o elenco está fabuloso, e Viola comanda o show, que desde a criação do personagem, postura e gestos é muito convincente no papel de guerreira. Nanisca após ser torturada e quase morrer enquanto cativa, consegue fugir e conquista um alto posto entre as Agojie, porém possui cicatrizes que internas que irão persegui-la, com o desenrolar da trama veremos o que esta mulher que sofreu muito.
Viola acrescenta que a preparação e o treinamento para o papel e a criação da personagem da general e guerreira Nanisca pôs em foco todas as mensagens sobre o seu corpo que ela recebeu ao longo dos anos. “Todas as coisas que me ensinaram quando eu era uma garota querendo ganhar os concursos de Miss Central Falls Recreation, querendo ficar bem de biquíni, querendo ser magra e fofa, delicada e bonita, enquanto eu sempre fui muito musculosa e mais corpulenta”, diz ela. “Sempre tive a sensação de que minha a feminilidade não poderia ser criada nessa tela. Então, agora, com esse papel, meus músculos, meus braços, minhas pernas grossas, minha voz pesada ficaram perfeitos. Quando entrei no set como a Nanisca, não me senti envergonhada por isso. Eu celebro isso, fisicamente, em todos os sentidos.”
O Império Oyó
Como Oba, general do Império Oyó, o principal adversário político do Daomé, Jimmy Odukoya diz que o seu personagem “é preconceituoso, machista. Ele não tem respeito pelas mulheres. Acha que as mulheres não deveriam estar no exército, então, ele despreza as Agojie. Ele fica realmente enojado com a ideia de um exército feminino, então, a gente vê isso na sua atitude e energia com relação às guerreiras do Daomé. Ele não as suporta.”
Estreia: 22 de setembro